segunda-feira, 23 de abril de 2007

Medo

Acho que todos nós, em algum momento de nossas vidas, sentimos medo. Pode ter sido por um filme, por solidão, por um susto, por uma perda, pela escuridão.
Mas o caso no qual mais temos medo é quando nos deparamos com alguma nova sensação. É natural e totalmente aceitável, ninguém sabe o amanhã. Se soubessemos, não seria preciso viver. Sentimos medo pelo que pode acontecer. Ou pelo que pode não acontecer. Sentimos medo das perdas que podemos sofrer, das coisas que podemos deixar de fazer, de perder oportunidades de ser feliz, de cuidar do nosso nariz.
Não nos contentamos com pouco, e temos medo de não realizar todas as coisas que queremos até o fim de nossas vidas efêmeras. Sentimos medo da morte, da dor, da razão, do amor.
E por pensarmos ansiosamente nesse medo que nos consome dia e noite, acabamos por não viver.
Culpamo-nos por sentir, por pensar, por desejar. E esquecemos que não há tempo de viver em vão. Não há tempo pra medo, não há tempo pra culpa. Por fim, vivemos como se nunca fôssemos morrer e morremos como se nunca tivéssemos vivido, sendo que passamos toda a vida com o lema de viver intensamente.
Faça, viva, sinta.
Tenha vontades, desejos e ame.
E mesmo que sua vida tenha sido efêmera, vai ter valido a pena.
Nunca se sabe, mas é preciso arriscar. A certeza é para as pessoas que não acreditam em si o bastante.

Victória Pereira Martins
23/04/2007

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quarta-feira, 11 de abril de 2007

Crise

E meus dedos já não acompanham mais o papel que traz a nostalgia de um tempo que ficou marcado na memória. O tempo em que minha mente inundava em pensamentos e idéias e eu mal conseguia colocar todos em evidência por serem em tão grande quantidade. Hoje é minha mente que não me acompanha. Todos falam sobre a mesma coisa, um coração partido ou a perda de um amor. Sobre o sexo, sobre a felicidade e sobre a dor. Não importa. Quem os vê, sabe de que se tratam. Pode até ser que saibam como terminam, mas isso não é minha culpa. Se procuram algum culpado, é a vida. A vida que só traz esse tema ao meu caminho. Que nos engana, nos atiça e nos abandona. Chega a dar-nos tudo o que mais queremos, para que depois possa tirar de nós. E o pior de tudo é que sabemos que mais cedo ou mais tarde, essa realização que foi tão almejada, vai acabar. A união, a ilusão ou a tristeza. Sejam coisas boas ou ruins, acabam.
Assim como acabou o que me trazia fé à vida. O que me fazia tão bem, o que tomava todo meu tempo da forma mais deliciosa e prazerosa possível. Algo que eu cria que não fosse acabar nunca, e talvez realmente não tenha acabado. Pode ser uma crise, uma falha ou término temporário. Voltará, eu sinto. Não sei quando ou o que aconteceu.
Só sei que quero minha inspiração de volta.


Victória Pereira Martins
11/04/2007


Desculpa a falta de atualização
mas é como eu disse
falta de inspiração é foda ¬¬'

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